Brasil adota vacinação HPV em dose única

Brasil adota vacinação HPV em dose única

A estratégia dessa nova medida é erradicar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública.

O Ministério da Saúde anunciou uma nova abordagem para a vacinação contra o HPV: a partir de agora, será administrada uma dose única, substituindo o antigo regime de duas doses. Essa mudança aumentará significativamente a capacidade de imunização do país, com o objetivo de reforçar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações relacionadas ao vírus.

O principal propósito é promover uma maior adesão à vacinação e ampliar a cobertura vacinal, com o intuito de erradicar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública. A recomendação da dose única foi respaldada por estudos que apresentaram evidências robustas sobre a eficácia desse esquema em comparação com as versões que exigiam duas ou três doses. Além disso, essa nova abordagem segue as diretrizes mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O público-alvo continua sendo composto por meninas e meninos entre 9 e 14 anos, com o objetivo de protegê-los antes de serem expostos ao vírus. Esse grupo prioritário também inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos de idade.

Adicionalmente, a nota técnica recomenda que os estados e municípios realizem uma busca ativa para garantir que jovens brasileiros com até 19 anos tenham acesso à vacina contra o HPV. Nesses casos, todas as pessoas dentro dessa faixa etária que não receberam uma ou duas doses do imunizante no período recomendado poderão receber o esquema em dose única. Com essa medida, o Brasil se une a 37 países que já adotaram a estratégia de dose única, alinhando-se às recomendações internacionais e buscando alcançar resultados positivos na proteção da população contra o vírus HPV.

Fonte: Ministério da Saúde