Presidente do Metrô visita Paraisópolis e reafirma que Linha 17-Ouro do Metrô é prioridade do Governo Estadual

No último sábado, dia 12, o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, fez uma visita aos moradores do bairro de Paraisópolis. Durante o encontro, agradeceu a mobilização da comunidade em defesa da Linha 17-Ouro e reafirmou que a construção dessa nova linha metroviária é prioridade para o Governo do Estado.
Na oportunidade, Avelleda compareceu ao estúdio da Rádio Comunitária Nova Paraisópolis para uma entrevista. Confira as principais questões abordadas pelo presidente do Metrô sobre a construção dessa nova linha.

Importância do Metrô em Paraisópolis e região: Avelleda considera a chegada do Metrô a Paraisópolis fundamental para a melhoria da mobilidade dos moradores da região. Segundo ele, há poucas pontes que conectam o Morumbi e os demais bairros vizinhos ao Centro da cidade. Além disso, o transporte público oferecido também é insuficiente para a população. “É preciso investir em transporte coletivo sobre trilhos porque é o único que tem capacidade de transportar uma grande quantidade de pessoas. O monotrilho poderá chegar a transportar até 40 mil pessoas/hora/sentido. O Metrô oferece às pessoas um deslocamento rápido e confiável”, ressaltou.
Avelleda enfatizou também que além de oferecer transporte de qualidade, a chegada do Metrô ao local revalorizará o espaço urbano da região e possibilitará às pessoas utilizarem, de forma mais ampla, os equipamentos públicos oferecidos pelo Estado. “Não adianta você morar em São Paulo, se não consegue usufruir de equipamentos públicos, como hospitais, escolas e áreas de lazer. É preciso oferecer condições para que as pessoas possam circular de maneira mais ágil pela cidade”, diz ele.

Copa do Mundo x Metrô: Avelleda considera a Copa do Mundo um evento importantíssimo para São Paulo, mas o anúncio da FIFA em não utilizar o estádio do Morumbi para os jogos da Copa não alterou em nada a posição do Governo do Estado sobre a importância da Linha 17-Ouro para a cidade. “Ninguém pode pensar em fazer uma linha de metrô somente em razão de um evento de poucos dias. Você constrói uma linha de metrô para atender a cidade pelo resto da vida. Nesta região, há uma quantidade enorme de pessoas que dependem do transporte público para se movimentarem pela cidade. Portanto, a importância da Linha 17-Ouro está muito além de qualquer atividade relacionada à Copa do Mundo. Ela vai na veia da qualidade de vida das pessoas que moram nesta região”.
Opção por metrô em elevado: O presidente do Metrô também esclareceu a opção de se fazer a Linha 17 em elevado.
Segundo Avelleda, para se chegar a essa escolha diversos fatores foram analisados, entre os quais, o custo da obra, as interferências no trajeto da linha e a demanda prevista. “Se fosse feito em superfície, o monotrilho teria que parar a cada cruzamento de rua. A velocidade média cairia muito e o tempo de viagem aumentaria, deixando de ser um sistema atrativo para o usuário. O monotrilho em elevado não sofre nenhuma interferência. É um sistema testado, rápido e muito seguro, utilizado em países como China, Japão, Coreia, Estados Unidos e Austrália. O trem irá percorrer os 18 quilômetros da linha a uma velocidade média de 80 Km/h e só vai parar nas estações. Além disso, a obra em elevado é mais barata. A Linha 17 será uma linha alimentadora das demais linhas troncais, com demanda prevista para 20/25 mil usuários hora/sentido. Metrôs enterrados são mais caros e feitos para transportar 60, 70 e até 80 mil pessoas hora/sentido. Portanto, não havia necessidade de fazermos um buraco de 18 quilômetros de extensão. Além de custar uma fortuna, causaria enormes transtornos à cidade”, complementa Avelleda.
Liminares contra a obra: Sérgio Avelleda demonstrou também confiança e aposta numa solução pacífica para as divergências que envolvem a construção da Linha Ouro. “A liminar concedida a uma associação de moradores que impede que o Metrô assine o contrato ainda não está atrasando a obra, pois ainda estamos na fase de licitação. Porém, o Metrô já apresentou sua defesa à juíza e temos esperança de que ela se convença sobre a necessidade da obra, revogando a liminar. Também já me reuni com o promotor estadual que está cuidando do caso no Ministério Público e levei a ele todas as explicações necessárias sobre o projeto”, salientou.
Adaptações no Projeto: Avelleda disse ainda que o Metrô não quer briga com quem é contrário à obra e está disposto a adaptar o projeto naquilo que for possível para diminuir eventuais transtornos. Prova disso é o acordo já firmado com moradores de um prédio da região que alegaram perda de privacidade. O Metrô já determinou que o trilho em frente àquele prédio seja envelopado, uma solução arquitetônica encontrada para preservar a privacidade desses moradores. “Sabemos que construir uma linha de metrô na cidade de São Paulo provoca problemas e incomoda pessoas. Porém, o ganho é muito maior para uma quantidade muito maior de pessoas. Estamos dispostos a atender todas as necessidades, porém, sem abrirmos mão da construção da linha, sem abrirmos mão da melhoria da locomoção das pessoas”, reforçou Avelleda.
Entorno das Estações: Avelleda tranquilizou também alguns moradores quanto à conservação do entorno das futuras estações da Linha 17 e citou como exemplo o cuidado permanente da Companhia com o entorno das estações em elevado já existentes nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha, afirmando ser fundamental que as regiões nas quais o Metrô se instale não ocorra degradação. “Pelo contrário, queremos valorizar e fazer com que essas regiões se desenvolvam ainda mais. No caso do monotrilho, estamos prevendo jardins e o plantio de, no mínimo, cinco mil árvores embaixo dos trilhos para um embelezamento paisagístico. As estações serão projetadas com preocupação na inserção urbana, de forma a melhorar o plano urbanístico da cidade, o que implicará tratamentos viário, paisagístico e urbanístico”, finaliza.
No total, a Linha 17 terá 19 estações: Jabaquara, Hospital Sabóia, Cidade Leonor, Vila Babilônia, Vila Paulista, Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan, Morumbi, Granja Julieta, Panambi, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio Morumbi e São Paulo-Morumbi.
A nova linha seguirá o traçado das avenidas Jornalista Roberto Marinho, Nações Unidas, Perimetral e João Jorge Saad, entre outras. Ela permitirá a conexão com o sistema metro-ferroviário nas estações Jabaquara (Linha 1-Azul) e Morumbi da CPTM (Linha 9-Esmeralda). Futuramente, ligará ainda as estações Água Espraiada (Linha 5-Lilás) e São Paulo-Morumbi (Linha 4-Amarela).
Do Departamento de Imprensa

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