Linha Ouro: Metrô consegue licença para iniciar obra que passará em Paraisópolis

Do Jornal da Tarde

A Prefeitura de São Paulo deve publicar ainda nesta semana a Licença Ambiental de Instalação (LAI) do monotrilho da polêmica Linha 17-Ouro, entre o Jabaquara e o Morumbi, na zona sul. A emissão desta permissão pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente era a última pendência para que o Metrô pudesse dar início às obras, que, pelo cronograma da companhia, estão atrasadas.
Além disso, as obras na Linha 4-Amarela serão finalmente retomadas. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que assinará, no sábado, ordem de serviço para o início da segunda fase da construção. Essa fase está dividida em dois lotes. O primeiro é composto pelas estações São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie. O outro, pela Estação Vila Sônia. Ambos serão tocados pelo consórcio Corsán-Corvian Construcción, S.A., que tem sede na Espanha.
O custo dessa etapa será de R$ 1,58 bilhão. Alckmin afirmou que vai entregar todas as estações “em 18 meses”, ou seja, no segundo semestre de 2013. No mês passado, o Jornal da Tarde já havia antecipado o interesse do governo de retomar essas obras entre março e abril.
Sobre o monotrilho da Linha 17-Ouro, o governador anunciou ontem que a licença de instalação da obra sairá hoje. No entanto, a Secretaria Municipal do Verde, responsável por emitir a licença ambiental, não confirmou nem desmentiu a informação. Em nota, a pasta divulgou somente que sua equipe de licenciamento “continua trabalhando” e “deve ter seu parecer sobre a concessão” da licença “publicado nos próximos dias desta semana”.
Alckmin disse que o primeiro trecho da Linha 17, entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Morumbi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), ficará pronto até 2014. Nos últimos meses, representantes do governo do Estado criticaram a “demora” para a liberação da licença.
No fim de janeiro, o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou ao JT estar “preocupadíssimo” com a demora. “O que me parece, olhando de fora, é que há lobbies. Os moradores mais organizados, de uma forma não explícita, estão, por meio de órgãos, tentando criar dificuldades (para a emissão da licença)”, disse na ocasião.
A Linha 17-Ouro encontra forte resistência de moradores de bairros como o Morumbi. Para eles, a linha, elevada, trará um impacto urbanístico negativo. Além disso, alegam que, como o monotrilho terá uma capacidade de transporte de passageiros muito menor do que o metrô convencional.
O contrato para a construção da linha foi assinado pelo governo no fim de julho do ano passado. A linha terá 17,9 km de extensão e 18 estações, quando concluída. O custo da obra, segundo a estatal, é de R$ 3,2 bilhões. Até agora, 161 imóveis foram declarados de utilidade pública para a obra, entre eles, casas na Rua General João Pereira de Oliveira, no Morumbi.

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