
Guilherme Dias dos Santos voltava para casa após mais um dia de trabalho quando o PM o confundiu com um suspeito de roubar sua moto
Na última sexta-feira (4) a Polícia Militar assassinou Guilherme Dias do Santos (26) Ferreira com um tiro na cabeça após sair de mais um dia de trabalho, o jovem foi baleado enquanto corria para pegar o ônibus de volta para casa. Guilherme era marceneiro e levava na mochila um livro, uma marmita e a roupa do trabalho, durante o dia fabricava camas e armários e de noite frequentava a igreja.
“Só porque é um jovem negro, preto e estava correndo para pegar o ônibus, [ele] atirou. O que é isso? Que mundo é esse? Era o único jovem preto que estava no meio [do ponto] e foi atingido. A gente quer esse policial na cadeia, ele tem que pagar. Está solto, pagou a fiança que, para ele, não é nada”.
Conta Sthephanie dos Santos, viúva de Guilherme.
O policial autor dos disparos é Anderson Pereira de Almeida, no boletim de ocorrência o PM alegou que reagiu com disparos ao tentarem roubar sua moto e na confusão atingiu Guilherme, acreditando ser um dos envolvidos na tentativa de roubo. O policial foi preso em flagrante, mas foi solto após pagar fiança de R$5.600 e responderá em liberdade por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A Polícia Civil afirma que, com base nas provas iniciais, “Guilherme não seria um dos criminosos e se aproximava com relativa pressa para se dirigir ao ponto de ônibus, situado a cerca de 50 metros do local onde foi atingido”.