Devia ter amado mais ,Ter chorado mais ,Ter visto o sol nascer, Devia ter arriscado mais ,E até errado mais, Ter feito o que eu queria fazer

pexels-longkg2000-1653898

Pode parecer uma pergunta indelicada, desconfortável e até angustiante.
Mas, um convite para viver melhor!
Se hoje fosse seu último dia de vida, quais arrependimentos emergiriam à consciência?
O que deveria ter feito e não fez?
O que deixou para depois e nunca viveu?
É isso que o compositor de Epitáfio nos leva a refletir.

Entre tantos planejamentos, previsões e tentativas de controle, perdemos a espontaneidade de viver uma
vida bem vivida. O medo do acaso, do inesperado, do lidar com o desconhecido nos paralisa e, na
tentativa de fugir da ansiedade, também fugimos das oportunidades.

Mas, como diz a canção: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído.”
Talvez o acaso seja mesmo uma forma de proteção: aquilo que não planejamos, o que escapa do nosso
roteiro, pode ser justamente o que precisamos viver.

O inesperado pode nos guardar de caminhos que não
vemos e abrir possibilidades que jamais imaginaríamos.
Se deixássemos de querer ser tão controladores, talvez:
riríamos mais das nossas falhas, em vez de nos culparmos tanto;

amaríamos sem tantas reservas, sem medo de nos machucar;
arriscaríamos mais, entendendo que o erro também ensina;
viveríamos o agora, sem esperar pelo “momento certo” que nunca chega;
diríamos o que sentimos, sem deixar que palavras guardadas virem arrependimento.

O “deveria” só aparece quando olhamos para trás e percebemos que não vivemos o que poderíamos ter
vivido. Mas há um detalhe: ele também pode ser um chamado. Cada “deveria” pode se transformar em um
“posso”.

Viver com leveza não significa ausência de medo, mas disposição para aceitar o risco, acolher o
imprevisto e caminhar mesmo sem garantias. Porque, no fim, não é o controle que nos protege — muitas
vezes, é justamente o acaso.