Nesta terça-feira (23), em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre oficialmente a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), momento de destaque diplomático para o Brasil no cenário internacional. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro país a discursar desde 1955, seguido pelos Estados Unidos.
O discurso de Lula tem expectativa de focar em temas centrais para seu governo: multilateralismo, soberania nacional, cooperação internacional e uma agenda progressista para direitos sociais e sustentabilidade. Ele deve também ressaltar a necessidade de reformas no Conselho de Segurança da ONU e convocar a comunidade global para o enfrentamento das mudanças climáticas, com atenção à COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em novembro.
O evento ocorre num momento de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Washington impôs restrições a vistos de familiares de magistrados brasileiros e outras autoridades, em resposta a decisões judiciais e políticas no Brasil. Lula viaja acompanhado de ministros-chave como Mauro Vieira (Relações Exteriores), Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), entre outros.
A abertura da Assembleia Geral da ONU é vista como uma oportunidade para reafirmar a voz do Brasil no tabuleiro internacional, reforçando princípios de não intervenção, justiça climática, cooperação e respeito à diversidade de modelos de desenvolvimento. Com enorme visibilidade, o pronunciamento deve marcar o compromisso do Brasil com uma diplomacia ativa, voltada para alianças globais e superação de desafios compartilhados.
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