Conhecer as favelas de perto possibilita uma compreensão da realidade, além dos números

Conhecer as favelas de perto possibilita uma compreensão da realidade, além dos números

As favelas são parte integrante do tecido social de muitas cidades em todo o mundo. No Brasil, as mais de 10  mil favelas representam uma realidade complexa, com desafios econômicos, sociais e culturais que exigem abordagens igualmente multifacetadas para promover o desenvolvimento sustentável. 

Organizações como o G10 Favelas, ressaltam a importância da imersão nas comunidades e do empreendedorismo de impacto positivo como ferramentas para criar mudanças efetivas e combater o preconceito enraizado. Além disso, enfatiza a importância de compreender as necessidades reais das comunidades, indo além do potencial econômico que elas podem oferecer em termos de ESG (Environmental, Social, and Governance).

Para compreender verdadeiramente as favelas, é essencial ir além das estatísticas e dos dados quantitativos. A imersão nas comunidades é fundamental para obter um conhecimento aprofundado das realidades locais. Isso implica em vivenciar o dia a dia dos moradores, ouvir suas histórias e experiências, e entender as dinâmicas sociais e culturais que moldam suas vidas. Nos últimos anos, o G10 Favelas tem levado à Paraisópolis instituições educacionais como Harvard, Oxford e Fundação Dom Cabral, além de empresas como Arcelor Mittal, Uber, Amazon, Google, entre outras para conectar com líderes e empreendedores que fazem parte do G10 Hub – Acelerador de Negócios.  

O programa “Vivência Paraisópolis” promove a troca de experiências entre lideranças, empreendedores das comunidades e os visitantes. Em Paraisópolis, a experiência  proporciona saber como investir em negócios no Brasil, pensando em impacto social e transformação nas favelas. 

A programação inclui um tour no Pavilhão Social do G10 Favelas para conhecer os negócios de impacto social positivo e empreendedores locais, como, Juliana Costa e Elizandra Cerqueira, fundadoras do  Mãos de Maria, Maria Nilde e Suéli Feio da Costurando Sonhos Brasil,  Rejane Santos da Emprega Comunidades- O LinkedIn da Favela -,  Giva Pereira, da Favela Brasil Xpress e Joildo Santos, fundador da Agência Cria Brasil Comunicação. Essas e outras iniciativas buscam diminuir o  preconceito, frequentemente alimentado pela falta de compreensão e pela perpetuação de estereótipos negativos, além de atender as dores da própria comunidade.  A imersão nas favelas permite que indivíduos e organizações que desejam fazer a diferença se aproximem das comunidades de maneira respeitosa e humana. Ao vivenciar as dificuldades e desafios enfrentados pelos moradores, é possível criar empatia e estabelecer conexões genuínas. Porque não basta saber somente sobre números quando se fala em favelas, é preciso compreender a realidade de perto.