
Em cinco episódios, série “O Som que Fica”, do Caaf-Unifesp, reúne relatos e análises que reconstroem a noite de 1º de dezembro de 2019, quando policiais encurralaram participantes de um baile funk causando a morte de nove jovens
A série de cinco episódios busca reconstruir aquela noite e refletir sobre o que ela revela sobre violência policial e criminalização da juventude negra periférica em São Paulo. O primeiro episódio estreia nesta terça-feira (14/10).
Em dezembro de 2019, o Brasil foi abalado pela tragédia conhecida como Massacre de Paraisópolis, quando nove jovens perderam a vida durante uma violenta ação da Polícia Militar no famoso Baile da DZ7, em São Paulo. Cinco anos se passaram, mas a impunidade ainda paira sobre o caso.
Diante da morosidade judicial, a memória se torna um ato de resistência. É nesse contexto que o novo Podcast Paraisópolis 5 Anos surge como ferramenta essencial para resgatar os fatos, confrontar a narrativa oficial da PM e manter viva a cobrança por Justiça Paraisópolis.
A iniciativa jornalística não apenas relembra as vítimas, mas também detalha as contradições do inquérito e a luta incessante de mães e familiares.
O que Aconteceu no Baile da DZ7? Revisitando o dia da tragédia
A fatídica madrugada de 1º de dezembro de 2019 foi palco de uma intervenção policial que culminou na morte de 9 jovens por asfixia mecânica, após serem encurralados em uma viela estreita da comunidade. A Polícia Militar, em sua “Operação Pancadão”, alegou inicialmente que os óbitos foram causados por pisoteamento decorrente do tumulto.
O podcast aprofunda a investigação que desmantelou essa versão. Evidências forenses e relatos de testemunhas apontaram que o uso excessivo de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e o cerco intencional por parte dos policiais foram os fatores que levaram à asfixia das vítimas. A ação configura um padrão de violência policial em territórios periféricos.
O Que Aconteceu no Baile da DZ7? Revisitando o Dia da Tragédia
A fatídica madrugada de 1º de dezembro de 2019 foi palco de uma intervenção policial que culminou na morte de 9 jovens por asfixia mecânica, após serem encurralados em uma viela estreita da comunidade. A Polícia Militar, em sua “Operação Pancadão”, alegou inicialmente que os óbitos foram causados por pisoteamento decorrente do tumulto.
O podcast aprofunda a investigação que desmantelou essa versão. Evidências forenses e relatos de testemunhas apontaram que o uso excessivo de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e o cerco intencional por parte dos policiais foram os fatores que levaram à asfixia das vítimas. A ação configura um padrão de violência policial em territórios periféricos.
Os Passos do Podcast: Por Que Ouvir?
O trabalho jornalístico em formato de podcast se destaca por ser acessível e aprofundado, funcionando como um arquivo de memória e um instrumento de pressão social.
O podcast focado no Massacre de Paraisópolis oferece:
- Relatos Inéditos e Vozes das Vítimas: Entrevistas exclusivas com familiares, vizinhos e sobreviventes do Baile da DZ7, humanizando a tragédia para além dos números.
- Análise Jurídica do Caso: Detalhamento do inquérito que indiciou 12 policiais militares por homicídio doloso qualificado (por terem assumido o risco de matar).
- Contradições da PM: Exposição de laudos periciais e áudios de rádio-comunicação que contradizem a versão de “perseguição a bandidos”.
Justiça Paraisópolis: O Julgamento e a Luta Contra a Impunidade
Apesar da denúncia do Ministério Público, o processo contra os 12 PMs segue lento. O podcast atua como um holofote, cobrando celeridade e transparência da Justiça.
A chave do processo reside na acusação de dolo eventual, que significa que os policiais assumiram o risco de causar as mortes ao encurralar e utilizar armamento não letal de forma indiscriminada contra a multidão.
Principais Pontos no Andamento Judicial:
- Réus: 12 policiais militares.
- Acusação: Homicídio Doloso Qualificado.
- Status Atual: Fase de audiência de instrução, com depoimentos de testemunhas de acusação e defesa.
O desfecho do julgamento é crucial para a comunidade de Paraisópolis e para a segurança pública no Brasil, pois pode estabelecer um precedente contra a letalidade policial em massa.
Manter a Memória é Cobrar Justiça
Cinco anos após as 9 mortes em Paraisópolis, o luto se mistura à luta por responsabilização. O novo podcast é uma contribuição vital para garantir que a história de Gustavo, Marcos, Dennys, Denys, Luara, Gabriel, Eduardo, Bruno e Mateus não seja apagada.
The post Massacre de Paraisópolis: Podcast resgata a memória e cobra justiça pelas 9 mortes em ação da PM first appeared on Espaço do Povo.