O lendário apresentador do “Jornal Nacional” faleceu devido a falência de múltiplos órgãos após luta contra pneumonia
Morreu nesta quinta-feira (3), Cid Moreira, o renomado apresentador e locutor, deixou um legado inestimável na construção da identidade do jornalismo brasileiro, especialmente por seu papel como o primeiro âncora do “Jornal Nacional”, onde sua presença por 26 anos, a partir de 1969, definiu o padrão de excelência para o noticiário. Cid Moreira enfrentou falência de múltiplos órgãos, conforme informou a TV Globo. Desde 2022, o jornalista lidava com problemas renais, necessitando de sessões regulares de diálise.
Nascido em 27 de setembro de 1927, em Taubaté, São Paulo, sua carreira começou na rádio, antes de se consolidar na televisão com sua voz inconfundível.Sua parceria mais notável no “Jornal Nacional” foi com Sérgio Chapelin. “Naquele dia, cheguei e vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. E, para mim, era normal. Mas no dia seguinte, vi na capa do jornal O Globo: ‘Jornal Nacional?’ Aí comecei a perceber a dimensão”, disse Moreira ao site Memória Globo. Após sua saída do “Jornal Nacional” em 1996, Moreira continuou contribuindo para a televisão brasileira, marcando presença no “Fantástico”.
Moreira também se dedicou à locução de passagens bíblicas. “Não tenho saudade nenhuma [do Jornal Nacional] porque hoje, na altura dos meus 90 anos, eu vivo uma fase que considero mais gloriosa: eu invisto em mim levando a palavra de Deus sempre que eu posso”, declarou em entrevista ao UOL em 2017. Seu trabalho nesse campo resultou na gravação da Bíblia na íntegra em áudio books, alcançando mais de 60 milhões de cópias vendidas.