O Girassol e a Esperança

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Há algo de profundamente inspirador nos girassóis. Eles não apenas embelezam os campos, mas também nos revelam um segredo da vida: a busca incessante pela luz. Enquanto a maioria das plantas permanece imóvel, eles giram, silenciosamente, acompanhando o sol.

Onde há claridade, ali estão; onde a sombra insiste, eles aguardam, convictos de que logo o brilho retornará.

Acredito que nós, seres humanos, precisamos aprender com eles. Quantas vezes os dias parecem cinzentos, e as dores e incertezas ameaçam apagar nossa coragem? Ainda assim, dentro de nós existe essa força discreta, quase imperceptível, que nos move a acreditar que amanhã pode ser melhor. Chamamos isso de ESPERANÇA.

Esperança não é ingenuidade, tampouco negação da realidade. É, antes, um jeito de existir que nos dá fôlego, mesmo diante das tempestades. É o que nos permite levantar pela manhã e arriscar mais uma vez, ainda que o ontem tenha sido difícil. A esperança funciona como esse sol interior, capaz de iluminar a vida quando tudo ao redor parece escuro.

Talvez viver seja isso: escolher, todos os dias, para onde vamos virar nosso olhar. O girassol não perde tempo discutindo a escuridão; ele simplesmente procura a luz. E nós também podemos aprender a voltar o rosto para o que nos fortalece, para o que nos dá sentido, para o que ainda pode florescer.

E nesse mês de SETEMBRO AMARELO, em que falamos tanto sobre a vida e o cuidado com ela, os girassóis nos lembram de algo essencial: sempre há um motivo para procurar a luz. Mesmo em dias nublados, mesmo quando parece que não há saída, sempre há alguém, uma palavra, um gesto que pode nos ajudar a encontrar um novo amanhecer.

No fundo, esperança é essa dança silenciosa com o amanhã. Uma aposta corajosa de que, mesmo quando não vemos o sol, ele continua existindo acima de nuvens nebulosas.

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