Prefeitura de SP anuncia troca de empresas de ônibus ligadas ao PCC

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Nesta quinta-feira (30), a Prefeitura de São Paulo anunciou a substituição das empresas de ônibus Transwolff e UPBus devido à sua ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), conforme apontam as investigações do Ministério Público de São Paulo. As duas linhas atendiam cerca de 600 mil passageiros por dia na zona sul e leste da cidade e administravam 145 linhas, com 1.219 ônibus. 

A denúncia do Ministério Público de São Paulo revela que a empresa Transwolff lavou 

R$54 milhões vindos de atividades criminosas do PCC. O dinheiro foi convertido em ativos lícitos para aumentar o capital econômico da empresa e utilizá-lo para prestar serviços públicos na cidade de São Paulo. O Ministério Público também afirma que o capital da empresa aumentou devido ao aporte de dinheiro vindo da facção criminosa PCC.

“Da defesa deles [Transwolff e Upbus] é que vamos decidir se vai ser decretada caducidade [rescisão do contrato] ou não. Pelo que a gente tá vendo, é muito difícil não ter. Não estou querendo me antecipar, mas é um sentimento que estamos tendo. Pode ser que os técnicos achem uma justificativa para não ter caducidade. Eu acho muito difícil”, afirmou o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes.

A Prefeitura de São Paulo, alegou que durante o processo de troca das empresas, a população não sofrerá com a ausência do serviço de transporte público. Além de garantir os pagamentos de funcionários e fornecedores. 

A Transwolff nega relação com o PCC e diz que vai recorrer da decisão da Justiça de São Paulo. 

Em nota a defesa da empresa, os advogados negam a relação da empresa com a facção. 

“A empresa e seus dirigentes jamais mantiveram qualquer relação com atividades ilícitas, e essa verdade será comprovada no curso do processo judicial, que tramita sob sigilo”.

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