Tratamentos para hepatite B será facilitado no SUS

Tratamentos para hepatite B será facilitado no SUS

Ministério Público atualiza protocolos clínicos e simplifica acesso ao tratamento.

Considerado uma epidemia crônica mundial, a hepatite B afeta cerca de 257 milhões de pessoas no mundo e em torno de 1,1 milhão no Brasil, sendo que, entre 2000 e 2021, o país teve mais de 264 mil casos confirmados. A hepatite B figura entre os problemas de saúde pública mais preocupantes em todo o mundo e virou um dos alvos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabeleceu como meta a sua eliminação até 2030.

Após consulta pública, o Ministério da Saúde atualizou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a hepatite B e, a partir de agora, pessoas infectadas com uma carga viral menor do vírus da doença, e com menores taxas de transaminase também poderão ter acesso ao tratamento na rede pública. 

Os novos critérios de indicação ao tratamento de hepatite B estipulou o valor da carga viral de HBV-DNA de 2.000 UI/ml, tanto para pacientes HBeAg (infectado com hepatite b) positivos ou negativos, e como limite na dosagem de alanina aminotransferase, que avalia a inflamação no fígado, igual ou superior a 52 U/L para homens e superior a 37 U/L para mulheres. A atualização do protocolo também irá contemplar o vírus de hepatite delta, mais frequente na região norte do Brasi

Com isso, um número significativamente maior de pessoas deve se tornar elegíveis para este tratamento no SUS (Sistema Único de Saúde), que disponibiliza os medicamentos gratuitamente. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% dos adultos infectados com a hepatite B desenvolverão cirrose ou câncer.