Projeto brasileiro foi considerado pela organização do evento como exemplo na busca de melhor qualidade de vida nas grandes metrópoles Por Ana Paula Rocha O programa de urbanização da favela Paraisópolis, em São Paulo, será uma das atrações da 4ª Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã, na Holanda. A mostra tem como tema principal “Cidade Aberta – Desenhando a Coexistência” e vai apresentar intervenções urbanísticas que são exemplos na busca de melhor qualidade de vida nas grandes metrópoles.
O projeto elaborado pela prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Habitação, prevê a implantação de infraestrutura, serviços públicos e unidades habitacionais para o desenvolvimento sustentável do complexo composto por Paraisópolis, Jardim Colombo e Porto Seguro. No total, serão cerca de 60 mil habitantes beneficiados.
As intervenções, estimadas em R$ 2 bilhões, foram propostas por seis equipes nacionais e internacionais de arquitetura: Ciro Pirondi em parceria com Ruben Otero e Anália Amorim; MMBB com consultoria de Harvard; Suzel Maciel e Marcos Boldarini; Urban Think Tank; Chrstian Kerez; e Elemental. Entre as mudanças previstas, estão a instalação de sistemas de captação de energia solar e de água de chuva, a canalização do córrego Antonico, a revitalização da área de risco do Grotão, além da construção da Avenida Perimetral, ciclovias e áreas de lazer, entre outros. Área de risco do Grotão, que poderia deslizar, foi toda revitalizada e ganhou áreas de lazer
As obras na favela de Paraisópolis começaram em 2008 e poderão ser vistas na seção Squat da mostra principal do evento. No próximo dia 10 de junho a delegação da bienal vai se reunir em São Paulo com representantes da equipe brasileira envolvida no projeto para acertar mais detalhes da exposição. A 4ª Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã acontece entre os dias 24 de setembro deste ano a 10 de janeiro de 2010.
Casas próximas a escadaria do Antonico tiveram suas fachadas reformadas