Carnaval. Uma palavra que de século a século sobrevive, com ruas cheias, fantasias, músicas, o supra-sumo do hedonismo. O seu significado remonta à Antiguidade que vem do latim que significa “afastar-se da carne” é, portanto, na quarta-feira de cinzas que se iniciava a abstenção de carne.
No período colonial, por meio dos portugueses, o carnaval com nome de “entrudo”, chegou ao Brasil, portanto a origem do carnaval brasileiro é europeia. A festa carnavalesca da época tinha como objetivo brincadeiras de sujar uns aos outros, nesse sentido acabava sendo mais praticada pelos escravos.
Após a independência do Brasil, em 1822, junto aos intelectuais da época e artistas surge a modalidade do carnaval que conhecemos hoje, com a influência dos italianos e franceses. E mesmo os católicos na tentativa de controlar os desejos dos fiéis na quaresma, os infiéis com a licença da piada, faz o carnaval ser uma ruptura do cotidiano e na sua essência a extravagância de beleza, pecado, encontros e desencontros.
A festa envolta pelo colorismo e embriaguez, no Brasil parece ter sua forma única. Os bloquinhos de rua como intimamente chamados pelos brasileiros carrega a cultura de um povo que ama funk, samba, axé e os negros que levam nos carros alegóricos histórias, raízes e temas importantes para se discutir em sociedade.
Ao meu conselho te oferto, o carnaval não é do Satanás e sim do povo, é cultura, ternura.