Em vários estados do país, será realizada uma concentração de mulheres com o objetivo de reafirmar a urgência de reparação histórica.
Hoje, 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data foi criada em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana.
A celebração tem como objetivo lembrar a luta e a resistência dessas mulheres contra o racismo, o sexismo, o machismo, a violência, a discriminação e o preconceito dos quais elas ainda são vítimas.
Neste mesmo dia, no Brasil também é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi um líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança no Quilombo de Quariterê, no Vale do Guaporé em Mato Grosso.
Em vários estados do país, serão realizadas concentrações em marcha, com o objetivo de reafirmar a urgência de reparação histórica.
Em São Paulo (SP), a caminhada em direção ao Teatro Municipal (onde foi fundado o Movimento Negro Unificado em 1978) começará às 19h30.
“Nós, mulheres negras, indígenas e imigrantes em diáspora denunciamos o genocídio racista desde sempre. Mas o dia 25 de julho é um dia de celebração e também o momento de reafirmar que estamos em marcha por direitos e contra o genocídio do povo preto, dos povos indígenas, das LGBTQIA+, das vítimas do feminicídio, contra todas as formas de opressão e pelo Bem Viver”, destaca o manifesto da Marcha das Mulheres Negras de SP.
Em Salvador (BA), a manifestação se concentra às 14h na praça da Piedade, com uma ocupação poética e intervenções artísticas. Em seguida, o ato segue para a Praça Terreiro de Jesus. A atividade compõe a programação da 11ª edição do Julho das Pretas, Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver.
Um debate está sendo organizado pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri e a Rede de Mulheres Negras do Ceará, na praça da Gentilândia, às 18h, em Fortaleza (CE).
Em Belém (PA), a marcha, convocada pelo Coletivo de Juventude do Centro de Estudo e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), tem concentração marcada para 16h no Portal da Amazônia, também neste 25 de julho.
Já em Curitiba (PR), uma marcha sob o título “Mulheres sagradas” acontece a partir das 19h na ladeira do Largo da Ordem, no centro da cidade (PR).
No próximo domingo (30), o ato vai ser na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Entre os temas pautados estão o combate à fome e às violências contra a juventude negra, o acesso à moradia e ao trabalho.