Desde junho, cada mês tem sido o mais quente já registrado em comparação com os mesmos períodos dos anos anteriores
Nesta quinta-feira (8), o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, comunicou que janeiro registrou as temperaturas mais elevadas já documentadas, marcando um aumento na onda de calor impulsionada pelas mudanças climáticas.
Este mês superou o janeiro mais quente anterior, datado de 2020, de acordo com os registros do C3S desde 1950.
Este acontecimento notável segue um ano de 2023 classificado como o mais quente globalmente desde 1850, devido às mudanças climáticas antropogênicas e ao fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico oriental, aumentando as temperaturas.
Desde junho, cada mês tem sido o mais quente já registrado em comparação com os mesmos períodos dos anos anteriores.
Cientistas americanos alertaram que há uma chance de 2024 ser ainda mais quente que o ano anterior, com 99% de probabilidade de estar entre os cinco anos mais quentes.
No último mês, observou-se um enfraquecimento do fenômeno El Niño, com cientistas sugerindo uma possível transição para La Niña, caracterizada por temperaturas mais frias, prevista para este ano. No entanto, mesmo com essas mudanças, as temperaturas médias globais da superfície do mar permaneceram como as mais altas já registradas para o mês de janeiro.
Os países concordaram no Acordo de Paris de 2015 em conter o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius, com o objetivo de evitar consequências graves e irreversíveis. Embora tenha havido um período de 12 meses com uma média de temperatura superior a 1,5°C, ainda não foi ultrapassado o limite estabelecido pelo acordo, que se refere à média global de temperatura ao longo de décadas.