Trabalho infantil no Brasil cresce após dois anos, segundo pesquisa

Trabalho infantil no Brasil cresce após dois anos, segundo pesquisa

Crescimento foi durante os anos de governo Bolsonaro

Nesta quarta-feira (20), de acordo com parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (Pnad) Contínua sobre o Trabalho de Crianças e Adolescentes, o Brasil registrou um aumento no trabalho infantil entre os anos de 2019 e 2022, após três anos consecutivos de redução, durante o governo Bolsonaro.

Em 2022, 1,881 milhão de pessoas entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil, o que representava 4,9%. Já em 2019, a mesma faixa etária de jovens e adolescentes representava 4,5% do trabalho infantil no Brasil. Segundo os pesquisadores do IBGE, conforme os jovens e adolescentes vão ficando mais velhos, maiores as chances do trabalho infantil aumentar.

Quando começaram a fazer a pesquisa, em 2016, o número de trabalho infantil era de 2,112 milhões, caindo para 1,758 em 2019. Entre os anos de 2020 e 2021, devido à pandemia do COVID-19, a pesquisa não foi realizada.  

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), que é a base que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) usa para classificar o que é trabalho infantil, denomina a atividade como: “aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização”. Outras atividades que também podem ser classificadas como trabalho infantil são os trabalhos informais e horas de excessivas de atividades.