Associação das Mulheres de Paraisópolis realiza a quarta caminhada contra a violência à mulher e pela construção do hospital

Moradoras da comunidade saíram às ruas para gritarem contra a violência doméstica e levantaram a bandeira da construção imediata do hospital
Hoje quando os ponteiros do relógio ainda caminhavam para as 10 horas da manhã, mulheres que acreditam que o seu papel na sociedade vai além das funções que realizam no dia a dia, uniram se para fazer o evento, a Caminhada Contra a Violência à mulher, organizado pela Associação das Mulheres de Paraisópolis.
E em alguns minutos, o grupo se unia, ensaiava gritos de guerra, vestia as camisetas brancas, doadas por um comerciante da comunidade, Osmar Oliveira Alves, ou simplesmente Cremel. E aos poucos as faixas que traziam palavras de ordem contra a violência à mulher, ganhavam destaque, também de forma muito carinhosa o grupo homenageou a comerciante, Maria Yvanice, assassinada pelo Ex companheiro no ano passado.
A presidente da Associação, Juliana Gonçalves fez um breve discurso, expôs o trajeto que seria realizado, e de forma compacta, senhoras, jovens, adolescentes e até crianças, sem falar em alguns homens que compareceram ao evento para apoiar a causa, causa essa que também levantou a bandeira da construção imediata do hospital na comunidade, tomavam as ruas de Paraisópolis.
Aos sons de apitos e palavras de ordem como: Eu não sou miss nem avião, a minha beleza não tem padrão, ou Ô mulher rendeira, ô mulher rendá, sai de trás desse fogão e vem para a rua lutar, o grupo avançava.
De todas as presentes, algumas chamavam a atenção, especialmente pela idade, como foi o caso de dona Maria de Lurdes Santos Teixeira, de 62 anos de idade, que nem por isso se desanimou com a descida da rua Iratinga, tampouco com a subida da Rudolf Lotze, e além de caminhar ela distribuía panfletos para quem estava nas calçadas ou nos comércios. “Eu estou aqui porque acho importante esse dia”, declarou ela. A mulher que traz no rosto a marca do tempo também possui lembranças que não gostaria de ter. “Meu primeiro marido bebia muito e me batia”, disse ela que é mãe de 11 filhos.
Outras mostravam disposição; com seus filhos no colo, ou empurrando carrinhos de bebê, lá estavam elas, animadas, acreditando no resultado da quarta caminhada contra a violência à mulher.
Para Juliana Gonçalves, a força está na união de todos que acreditam nas bandeiras erguidas como, o fim da violência doméstica e a construção imediata do hospital. “Reconhecemos que somente com a força do povo é possível realizarmos os nossos objetivos”, afirmou a presidente da Associação das Mulheres de Paraisópolis.
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