Relatório feito pela USP, revela que crianças pretas são duas vezes mais visadas pela polícia militar paulista.
A pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência (NEV), da USP, afirma que crianças e adolescentes pretos, com idade entre 11 e 14, possuem duas vezes mais chances de serem abordados pela polícia militar de São Paulo, em comparação com crianças brancas. A polícia alega que todas abordagens adotam apenas padrões técnicos.
O relatório apresenta dados sobre o contato de crianças e adolescentes com a polícia militar de São Paulo. O levantamento acompanhou 800 crianças, dos gêneros masculino e feminino, fez um comparativo entre brancos e pretos de 120 escolas públicas e privadas,entre os anos 2016 e 2019.
Crianças e adolescentes abordados pela polícia militar
Pretos – 21,51% foram abordados
Brancos – 8,33% foram abordados
Outro dado da pesquisa revela a quantidade de crianças que relataram ser agredidas pela polícia paulista.
Pretos – 40% afirmam ter sido agredidos
Brancos – 10% afirmam ter sido agredidos
Em nota emitida ao portal de notícias G1, a polícia militar se posicionou sobre a pesquisa:
“A Polícia Militar esclarece que a abordagem policial obedece aos parâmetros técnicos disciplinados por Lei e são padronizados por meio dos chamados Procedimentos Operacionais Padrão. Ao longo dos anos, a Polícia Militar tem buscado evoluir e aprimorar sua atuação de maneira contínua”.
Acesse a pesquisa completa, “A experiência precoce e racializada com a polícia: contatos de adolescentes com as abordagens, o uso abusivo da força e a violência policial no município de São Paulo” através do link :
https://nev.prp.usp.br/publicacao/a-experiencia-precoce-e-racializada-com-a-policia-2016-2019/