Conhecido como uma das Sete Maravilhas da comunidade de Paraisópolis, espaço onde o artista plástico Berbela mantém sua arte é ameaçado de despejo por um dos inquilinos
Por Flaviane Fernandes
Há mais de 11 anos, a rua Melchior Giola, Paraisópolis, é o endereço do artista plástico Berbela, que, além de manter no espaço uma oficina mecânica e um ponto comercial, transforma as sucatas de ferros e outros materiais em arte.
Suas criações já foram temas de livros, documentários e diversas reportagens. E, além de contribuir para projetos de conscientização social que foram criados na UBS IIII da comunidade, seu trabalho também foi exposto no SESC Santo Amaro , CEU Paraisópolis e clube Paineiras no Morumbi.
Mas o que para a comunidade é conhecido como uma das Sete maravilhas , o espaço onde o artista não somente cria como guarda as suas peças, é visto como um incomodo constante para a filha de um dos inquilinos que também mora no local.
Alegando aborrecimentos com as visitas de crianças , de turistas, e de equipes de reportagens que vão até ao local conhecer o trabalho desenvolvido por Berbela; ela retalha o que é mais precioso no local, a arte.
De acordo com o artista, ela repudia tudo o que ele faz e ataca suas criações que representam um bem para os moradores.
“ Ela maltrata os repórteres, se incomoda com os carros das equipes de televisão ou de outros veículos de imprensa quem vem até aqui”, desabafa ele.
Para desenvolver seu trabalho e manter a oficina no espaço, Berbela paga em torno de 500 reais, esse valor é repassado ao casal de inquilinos que são os pais da moça, que administram as locações, no entanto, eles não emitem recibos.